NÃO VENTAVA e NEM CHOVIA

Data 27/09/2010 11:19:24 | Tópico: Poemas


NÃO VENTAVA e NEM CHOVIA

A noite estava escura como breu.
Não havia lua e nem estrelas,
Não ventava e nem chovia...
- Meu Deus, acabou a poesia!

Fiquei olhando para o nada,
Como nada via do lado de fora,
Olhei para dentro de mim mesmo
E vi a COLCHA dos meus RETALHOS...


-Eu quero um poema
que una os povos numa
única idéia: DEUS.

Pela ternura do tempo
que se esconde bem alí
na volta da esquina.

Fiquei tão enbevecido com
esses eventos que não vi
a tarde indo embora.

Como as águas do riacho
que acariciam a hera e o
musgo que revestem as ruínas.

O beija-flor foi atraído,
pelo perfume adocicado
que a minha mulher usava

TUDO MUDA - é a lei.,
esse Caminhar dem fim
para a eternidade.

Entrar no templo abandonado,
recolocar os móveis nos lugares
e voltar a ouvir o som dos órgãos.

Rever a minha namoradinha
Com seu vestido lilás, correndo
por entres as flores da primavera
que se foi.

As andorinhas começarão
a voltar para fazer as pazes
com os predadores.

Quantas pessoas já debruçaram
naquelas janelas para falar de amor
e assistir o por-do-sol.

(São os que me vieram a memória
noutra oportunida voltarei...)



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