Uniões verdadeiras

Data 28/09/2010 23:11:46 | Tópico: Poemas

As vestes do ciúme
Se incorporam nesse seio
No traje da esfera maldizente

Apregoada a insensatez
No plano da negrura insuflada
E no rendilhado da hipocrisia falante

Ultimado o vulgar queixume
No pressuposto do rastreio
Que esmiúça um bolor condizente

Urge descolorir a morbidez
Da teoria assaz inflamada
Envolvida no vil arrogar pedante

Desvanecido o azedume
No desmembrar do bloqueio
Que foi criado sem razão aparente

Restaurada a lucidez
Filtrada pela lúcida coordenada
Caminharam resolutos por diante

Entre a união mais singela
Ou na que emerge da herança
Há que evitar uma sequela
Com a mais forte pujança
Não será preciso sentinela
Se for dado valor à confiança

António MR Martins

2010.09.29



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