NÃO SABEM (A)NADA

Data 29/09/2010 23:44:07 | Tópico: Poemas

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NÃO SABEM (A)NADA

Saio à pressa, deixo os gestos
A bengala, perco a fala
Esqueço o norte...
Prendo o grito, fecho a mala,
E levo os restos
Duma má sorte.
Quão inglória é minha pena...

Vejo a mão que me acena,
São as asas, são a brisa
Duma mão sempre fechada...
É uma sina, uma cena,
Uma lágrima imprecisa
A rolar desajeitada.
E eu repouso a beira vento.


Desço a escada, o desalento
Guardo ondas, bebo vagas
Num olhar por inventar.
Lanço sorrisos ao vento,
Escondo sombras e adagas
Nas fundas águas do mar.
Se funde o gosto, a caminhada
Ao sabor de sonhos
Que não sabem (a)nada.

Regensburg
30-09-2010
Beija-flor

Peço desculpa pela minha ausencia, quando o tempo permitir, retribuirei todo o carinho.



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