Pobre senhora sem visão!

Data 01/10/2010 00:17:12 | Tópico: Poemas

Ela era, tão neurótica
psicótica,caótica e sem ótica.

Morreu como havia de morrer
à porta, apoptótica.

Morreu como havia de morrer
Abrindo as vísceras de sua idade
em poesia que queria ser erótica.

Pobre mulher solitária
em sua cena gótica!

Achando-se assim, apoteótica!

À porta, parva, com cara de larva
admitindo-se pândega de ânsia
em poesia esclerótica!

Já velha a coitada,
sem ser coitada,
ressequida da vida.

(Mal comida, pela minha análise
semiótica)



Para que não hajam melindres, este poema é um poema que visa apenas dar continuidade à semana sátira em meus escritos aqui no lusos.

Não é para ninguém em específico, será que seria para eu mesma?

Pode ser...quem sabe?

Sátira tem disso não é mesmo?

ABRAÇO.



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