No nada que sou

Data 02/10/2010 23:35:26 | Tópico: Poemas

Despida por astros que gravitam em céu aberto
E me salvam das nuvens onde tropeço, incauta
Deslindo o enigma do tempo de ser tanto
No nada que sou
Ao sabor dos aromas do vento
Que trazem e levam a minha própria poeira
E nela me deito e me perco
Sem eira nem beira
Cega de sol e de assombro
Espalho as palavras na areia
Semeio-as nas pedras da rua
Solto enganos em céu aberto
E a alma se despe de mim
Deixando-me nua



Abril 2010



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