DE NOVO A NOITE Autor: Carlos Henrique Rangel
De novo o Sol Esconde-se. Noite... É a hora dos fantasmas... Os meus... Nas sombras que a luz deixa Vislumbro meus pedaços arrastados... Sofro a noite entre cacos... Por você para quem não existo mais. A mesa dos solitários Aguarda-me no bar de iguais. E eles não o são...
Noite... De novo o Sol Esse funcionário sem hora extra. Abandonado estou entre os espectros E você é um deles... Quantas garrafas sofrerei Para te esquecer? Eu não sei... Não sei se quero. Lambuzo meu cotovelo No pegajoso líquido amarelo E meus lábios E minha alma... Já não sei o que quero... De novo a noite... Amanhã o Sol Esse repugnante ser brilhante E eu caminharei como Sonâmbulo esperando... Esperando...
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