Coração, peregrino

Data 07/10/2010 18:15:02 | Tópico: Poemas -> Amor

Ai, tanto, que eu gostei, de ti, tanto…
Tanto, tanto, gostei eu de ti, minha linda…
Tão grato me foi, este tempo, que eu vivi
Nem, tu imaginas, como esse tempo me encanta…
Por ele, eu me desfaço, em pranto
Eu queria ter-te, para sempre, em mim, retida
Eu queria centrar, em teu torno, toda a minha vida
Mas o meu triste fado mais alto, sempre, canta

Nesta caminhada, eu vou ter de continuar, ainda…
Nela, tu serás, sempre, uma pessoa muito querida


Por ti, eu iludi o meu modo de ser…
Por ti, eu quis adulterar o meu modo de estar…
Eu teimei, comigo – cheguei a me convencer
Pois, a tua ausência, eu não consigo suportar…

Quantas, e quantas vezes eu o escrevi…

Era imensa, a alegria com que eu vivia
Nem, por uma vez eu, nisso, te menti
Tudo, tudo, o que eu te disse, eu sentia…

Esta vida fez, de mim, um animal de mato…
Eu aprendi a amar, a lutar e a viver calado
Vaguear, por o mundo é o meu fado
E se é, este, o meu destino, eu acato

Sombria, a minha caminhada continua…
Em meu coração, tudo, de ti, eu levo gravado
Para sempre, carregarei esta doce recordação, tua
Recordar-te-ei, como das pessoas que eu mais quis ter a meu lado.

Sereno, serei, eu, sempre, no meu caminhar
Pois, eu sei, que se o quiseres, saberás, como me encontrar

Repara, bem, na vida… repara, minha querida, como é ela…
Peculiar? É-o, sem dúvida – é tão triste, quanto o é bela!
Ai, quanto eu te queria, nela, amiga minha…

Ai, quanta saudade, eu tenho da tua beijokinha

apsferreira


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