Aerólito

Data 08/10/2010 02:20:54 | Tópico: Poemas

Aerólito

Teofania da queda, mensagem, herança.
Lágrima celestial, Angélica errância.
Corpo fagulha, sêmen do universo.
Chuva no ventre do não-nascido.
Hora parada, noturno disperso. Ponto
Cintila – alvo no olho do abismo.

“As trevas são Pai-Mãe”,
“A luz, seu filho.”

Queda no denso, um outro espaço:
O vazio se fecha
No ocaso.

Inconcebível e desconhecida
A luz é olhar das trevas.
Um passado em passos que olvido,
Enquanto a esperança
Escada abaixo,
Arrasto.

Desejo, desejo...
Existir solar no
Ânus dourado – Amor
Invisível lapidado,
Puro cristal do pensamento.
O ouro da aurora no excremento,
Calor da falta, fugidio crepúsculo.
Tudo provoca uma fuga.
Mas onde está o silêncio?

Dentro do Eu desconhecido,
Secreto de si, ser pulsante.
Entre-se, no alígero instante,
Da linguagem que se perde.
Pois a ti pertence o reino a justiça a graça –
Por todos os ciclos geradores.
Incessante Alento Eterno.

Ovo virgem, imaculado.
Seiva triste e leitosa
Da vida, branco coágulo
Nos mamilos da Mãe Raiz.

“A luz sou Eu.”
Inspirado em M.Blavatsky.



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