Gênesis

Data 08/10/2010 04:14:53 | Tópico: Poemas -> Amor

Fímbrias de luzes na noite tardia da alma
solitário esperma estático, sem calma
taquicárdico na noite solitária, vazia.

A realidade transcende o traço.
universo em plena criação
atravesso o espelho baço
o estilhaço com a mão.

Desperto estranha e felina
embebida em luz e endorfina
opióide da gênese, libertação

Um momento mudo que ruge em meu ventre
parido em um um gemido refletido, silente.

Sorri, ao ver a primeira luz, ao invés de chorar
Primeiro ato ao sorver o primordial ar
umedecido por este mar de âmnio quente
vertido do útero fecundo da serpente,

Dobro-me ao meu destino obediente
dou a luz a um universo efervecente
lava que escorre por meu corpo dormente.

Derrete o gelo, cria rios, nuvens de vapor
endorfina animal, liberta minh'alma da dor
anlgesia este parto, de mim, natural.

Estou viva, viver, amar e sentir é vital



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=154436