O sol da nossa infância

Data 09/10/2010 00:12:57 | Tópico: Sonetos

<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_aen24tEV1_U ... ncia.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 264px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_aen24tEV1_U ... a+inf%C3%A2ncia.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5525829066071141186" /></a>

Desterrado está o peito a própria sorte
Frente às turbulências todas desse mundo.
Se na superfície está o homem forte,
Fragílimo infante habita o profundo.

Quem, por gesto nobre e claro, não daria
Muito mais de si de forma abnegada?
Quem, o coração exposto não traria,
Fosse qual criança pura, acalentada?

Ferve na fogueira ardente da vaidade
A água que escalda a vã sobrevivência,
Sopa que se faz durante a caminhada.

Quanto mais avança o curso da idade,
Mais o ocaso encobre o sol da nossa infância...
Menos florescida; mais subjugada.


Frederico Salvo




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=154561