O mundo de Portugal
Data 09/10/2010 12:28:37 | Tópico: Sonetos
| O mundo é um rebento, na esfera cresce lento, enquanto espera o fruto a cada era que floresce de novo nasce um alento,
crescendo desde há milénios lutando com e contra os ibérios, com a língua que cria prosseguia, cantando, por terra e mar caminhos ganhando territórios e soberania,
com astúcia, perícia e tanto empenho em conjunto viria a mudar em muito o mundo, até então sem igual, o seu tamanho, não fosse o amigo de Peniche maior seria, para o bem e para o mal a nossa sina,
Nortenho, Sulista, Timorense, Luandense, Mirandês, Portugalego Ou Macaense, pronuncias, variantes ou dialectos que soam todos o mesmo eco,
que da saudade e do Fado, só Ele tem o significado e o consenso neste seu todo imenso desde aquém a Além Lusa ...os vive e usa em espírito intenso.
batalhando as feras marítimas nos sete Mares prolifera com cinco Chagas de Cristo, de fundo azul e branco, um Escudo e uma Esfera,
quatro Dinastias, sete Casas Reinantes, trinta e cinco Reis e Rainhas, sete Castelos, cinco Quinas, com a cruz nas velas pelos cinco Continentes.
II - Os Feitos
Portugueses, Pombos-correio todos esses (S. F. Z.), primeiros na circum-navegação e na viagem sobre o azul do Atlântico Sul de avião,
o pioneiro da abolição da escravatura e da pena de morte foi Portugal, de poderio sem sorte e sem fortuna o primeiro e ultimo Império colonial,
Reino sábio Marinha de coragem inventa o Astrolábio e a Caravela, foi pioneiro da Globalização e deu ao mundo mais janelas,
interpreta os ventos e as estrelas, enfrenta os medos do mar, conquista territórios alem-mar ...como o passo lunar,
da matemática fez a esfera-espiral e a ainda igual carta náutica em latitudes ...a Lua seria Lusa se não fosse a altitude,
primeiro no achamento: do caminho marítimo á Índia e da Europa em expedição ao Tecto do Mundo na Ásia,
deu a volta a África, do Norte ao Sul na América e chegou á Oceania, pois mais não havia no Planeta tanta já era a conquista feita.
III - O Desejo
Há-de sentir Dom Duarte Pio uma forte afinidade, há-de vir Dom Afonso seu filho da bruma com a idade,
com o seu povo orgulhoso o mais bravo e corajoso que deu cravos á liberdade, e fez da voz a identidade.
Luísa Todi foi a cantora para a eternidade e amada lá fora por Barões, cá dentro a poesia cantada,
que de Camões a Pessoa da fala entoa tantas palavras, lavra até ao pormenor sentimentos que só nós melhor entendemos.
Holandeses, Franceses, Ingleses e Mouros, com Viriato correu Romanos, injusto para com os Judeus e a Padeira os Castelhanos.
Do virar da pagina que se agita, descontente faz barulho, grita, da honra constante já vivida não sabe a escrita pretendida,
nem governa desde o homicídio o maldito Regicídio em vão, devolvão El-Rei que é seu como sempre foi desde o principio, já Olivença se perdeu.
IV - O Fim Já Tadio
O retornado foi despatriado, com medo e sem nada fugia de quem quis ser libertado e disse não á dependência,
navagão barcos assim no mar ao contrario, um dos símbolos do fim de tão vasto Império,
gentes que regressão em Barcas carregados nas vagas são Fados emocionantes.
Recuperando no cais de outrora a magia abandonada, faltando somente agora a Monarquia inacabada.
Do mar e da serra, corpos enterrados, mortos da guerra ainda hoje lá deixados,
historia que deveras nunca mais encerra esta sua espera do regresso á terra,
e a Rainha Dona Amélia o final das glorias de tão antiga Família Real, da epopeia multicultural e tantas outras vitórias.
V - O Principio
Por hora aguenta enquanto canta o Hino, de quem só de longe o sentimento é divino,
como quem insiste na crensca da viagem ao alem, crente que reza á Virgem para ter boa passagem,
mas se existe só no Homem o crer ter a vontade! o que Lhe deu a coragem, sorte e igualdade!
a Aparição, Deus ou Anjos nunca foram vistos, Cristo jaz e já só são justos a paz e os Mandamentos.
Quer cem anos falecer, nesse dia o retorno, na terça-feira, 5 de Outubro de 2010 ao amanhecer,
Sua Majestade Fidelíssima El-Rei de Portugal, a altíssima presença encarnada da jornada fenomenal,
torne a viver no trono e aparecer de novo a Portugal o povo uno e em torno pois do que sempre foi afinal o seu unico destino.
VI - O País
Partem dos pedaços mais belos, das calmas planícies alentejanas, Geres, Buçaco, Arquipélagos, de silêncios de paisagens longas,
pico e estrela as mais altas, rochedos ao alto nos rios, nas margens o carril dos comboios, o mar á volta e as praias.
Emigram mas não é por serem tolos têm Catedrais majestosas, Palácios, Fortes ás portas do país, Igrejas, Antas E Castelos,
os símbolos da sua raiz, da tralha á batente com rigor a maravilha e a dor talhada á milénios por génios em todo o seu esplendor.
procurou estar bem consigo próprio dentro do possível á época, e encontrou entre os povos o comercio e a sensível riqueza da mãe natureza,
plantadas nas ilhas Atlânticas são a beleza de todas as partes terrestres, as flores e plantas da Madeira e dos Açores que de tantas conquistas são louvores.
Nem Cristo nem Baco No invento do liquido ouro, bago só trabalhado pelas mãos do rio Douro,
bebe-se pelo mundo fora o que desta terra vinga da fruta da videira, a vinha com a fama mais antiga no bom vinho da Madeira.
VII - A Falta
Recusa ficar calado nem que seja por pensamento, na luta usa corpo e espírito num todo contra a ditadura por estar farto,
até á conquista por um principio que deu demasiadamente alivio, a gente mais sortuda e que mais fez durante o século XX Português.
Temos quinhentas mil palavras e damos paulada a tal mérito linguístico com exepcao ao grupo cientifico todas as outras sao rafeiras,
importa ás tontas as estrangeiras se as do mundo Lusofonico, como a pronuncia Brasileira, são de som musical magnifico.
Tanta ironia furtiva se come sem ninguém mastigar a politica, é vê-los com cara cínica a cada discurso e eu já com fome,
ás vezes parece uma caldeirada do que sai dessa gastronomia, na minha mesa não dá entrada só se á cabeceira volte a Monarquia.
Bartolomeu Dias não desistio, insistio e conseguio vencer ao passar o Cabo Das Tormentas, fraco presistio mesmo farto de perder,
não fosse Portugal que por ser teimoso o mundo globalizou, esperando ansioso a mudança, enquanto há Herdeiro ao Trono há Boa Esperança.
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