FOME QUE ME RESTA

Data 09/10/2010 20:54:28 | Tópico: Sonetos

Eu rasgo os versos que plantei na mente!
E reescrevo meu tom de poesias
Sem rimas fortuitas, nem suadas mãos frias
Divago avante rumo ao sol nascente!

Conduzo o peito com força e destemor
Tiro o choro da criança que me habita
E trago às folhas da poesia o amor
Me sinto forte, com asas de menina!

Já do mundo, não sei o que mais presta
Se tantos olhares eu já imaculei
Mas o ofício do poeta é ter o que não tem...

Tenho então na minha mão o vai e vem
A aguçar a folha alva e disso eu sei:
Quero saciar do poema, a fome que me resta!


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