
Servos
Data 14/10/2010 00:53:41 | Tópico: Poemas
| Servos
Ah, quem dera todos os temores Findassem como naquele ditoso desfecho Em que a noite nos concederia uma testemunha Afim de nos proteger e conduzir... Quem dera todos os não pragmáticos amores Percorressem sempre por aquele desditoso trecho Em que todas as lacunas Preenchessem um melhor porvir.
Ah, quem dera todo esse tempo em atraso Repercutisse como a progressão Dos sonhos suprimidos Na realidade d'um universo insensível E quem dera todo esse descaso Devorado fosse pela oposição De um coro erguido A soar através de um mundo invisível.
Ah, quem dera não baste tanto Para mostrar ao amor o seu alguém
...E essa procissão regada a pranto É que nos levará além.
(Denise Fissant)
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