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Uma vez mais… Vejo-te aproximar… muito lentamente Embora estejas ainda muito distante… Mas já consigo nitidamente visualizar… Esse teu…sempre pálido e luminescente rosto Semi-escondido por um infinito véu cor de luto Todo ele salpicado por triliões de rubis cintilantes Com os quais… a cada fim do entardecer, tu me atrais Para esse teu… já tão habitual para mim, frio e árido regaço No qual tu… despedaças o meu eremítico coração Devido á falta de uma plausível explicação… Da minha incessante e obstinada interrogação… Para saber se tu és afinal… a implacável feiticeira negra Que o mais belo… de todos os meus sonhos… Noite após noite…dia a após dia, o ousa boicotar! Sonegando-me assim o direito a um desfecho feliz para ele Que eu tanto almejo poder um dia… Em realidade vir a visualizar, intensamente o viver e amar… Até que o destino decida para sempre o vir apagar! Pouco a pouco…sinto-me pela tua negridão…tolhido Deixo de ser tão repentinamente…alma de gente E passo a ser… alma de um velho lobo ferido Deambulando enraivecido… por essa tua agreste escuridão Uivando… de uma forma contínua e tão estridente Numa infrutífera tentativa… deste meu apelo tão sofrido Vir a ser escutado por um grandioso e eterno raio de luz Que me liberte deste meu estúpido medo… Dessa tua tão tenebrosa companhia. Aos poucos… vais tornando-te cada vez mais escura e fria E a ténue chama da minha desnuda alma, começa então a vacilar Sou tentando a cometer haraquiri com o punhal do desespero… Grito bem alto pelo nome de alguém… Para que demova-me… deste meu louco e desesperado acto suicida Faço um compasso de espera… e… Mas… apenas prevalece um lúgubre silêncio no ar… E tu… esboças então, um sorriso de mórbido gozo de previsível vitória Não! Desculpa-me mas… não! Por muito que tu… me tentes… Eu não vou, nem nunca irei ceder… Aos caprichos dessa tua tão subtil e estúpida feitiçaria negra Com a qual… tu sem pejo algum… tentas antecipar o meu fim! Sei… que um novo dia está preste uma vez mais, para nascer… E eu… contra essa tua tão cruel e incessante vontade… Voltarei a transformar-me numa inócua e esperançosa alma Que sempre viverá convicta que tu… Noite Fria Muito brevemente…irás revelar-me o lado inverso… Dessa tua… já habitual para mim… Tão escura e… fria forma de ser.
Escrito em Soria(Espanha)12-10-10
Musica by Joe Cocker in Night Calls
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