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    	Data 18/10/2010 19:53:27 | Tópico: Poemas
 
  |  [Em círculos convergentes caminho...]
  Eu pisoo a terra antiga e a nova, o pó fino sob os meus pés vai marcando, demarcando, os vários caminhos onde andei... O pó aponta-me rumos que, todavia,  sei bem que não seguirei... O vento é o esquecimento...
  Os amores... quantos, quantos! As emoções dos encontros -,  os renovos - os pés lavados  nas águas frias que descem  dos morros enluarados... O Ontem era promessa de infinito, o meu rosto era límpido para o novo! Mas o Hoje, é cerca velha, caída,  tombada, enferrujada, sob a mesma lua... Sonhos do emigrante que já não são nada...
  Mas... é em círculos que eu ando; círculos convergentes para o ponto onde a imagem some, e nem o ser,  antes sôfrego, ansioso, não é mais.
  [Repito, n-ésima vez: só instante do gozo faz desmoronar o sentido do tempo... O resto é nada, é rendição aos outros...]
  [Penas do Desterro, 14 de outubro de 2010]
 
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