NOITE INTACTA

Data 21/10/2010 16:22:46 | Tópico: Poemas

.
NOITE INTACTA

Nada me falta
Ninguém me espera
Nem aguardo nada

Desfruto dos arrepios
Da frígida pele lograda
Pelos ventos vazios
Desta noite apagada

Gozo do ocaso
Do passar do tempo
Por braços cruzados

Não vocifero lamentos,
Amacio a almofada
Com pés na cadeira
A marcharem madrugada

Regalo-me do momento,
No escuro, fascinado,
Tomado em grafite aceso

O não-pensar obstinado
Desfralda seu peso
E as reflexões baldias
Afanam-me o medo

Da estelar ribalta
Não me escondo...
Seu pulsar me delata

Já me confessou
A albergada lua alta
Que o sol me vigia
Em plena noite intacta



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=156508