CAMINHOS DO FUTURO(?)

Data 21/10/2010 22:52:42 | Tópico: Crónicas

Esta uma daquelas horas em que nos sacode o impulso de divagar sobre algo, seja por palavras, seja na forma escrita. Outrora mandava para a gaveta aquilo que escrevia (dentro do meu modesto escrevinhar); há uns tempos a esta parte deparou-se-me um espaço bem mais adequado a estes devaneios e onde naturalmente eles ficam arquivados. Ao querer hoje dar asas ao meu devaneio e ao instalar-me nesse espaço, não deixei de ponderar tratar-se de terreno de alguma maneira minado, não obstante florescerem nele verdes, viçosas giestas que lhe garantem a frescura e um crescimento harmonioso.
Considero que riscos não tem que existir e legitimidade a tenho, por me não ser reclamada defesa de tese no acto da inscrição.
Posto isto vou divagar e faço-o a partir de um programa de televisão, que eventualmente acontecem com qualidade, apesar de tudo. Porque acho que aprendi, sinto-me desafiado a fazer eco da mensagem: trata-se de um rapaz que estava a terminar um curso universitário, mas que encarava sem grande entusiasmo e os tempos livres, que eram bastantes, passava-os por casa numa atitude passiva e que desagradava aos familiares. Aconteceu um dia ser desafiado por uma amiga para participar numa realização de alcance social. Contrariado lá foi, mas foi uma experiência que o arrebatou e arrancou duma vida quase sem sentido que levava. Sentiu-se absorvido pelos objectivos do Movimento que estava em causa e que se caracterizava por autentico serviço de voluntariado. Depois de alguns encontros imbuídos desse espírito, integra-se com entusiasmo no movimento e hoje, homem de trinta e poucos anos devota a sua vida integralmente à causa da solidariedade em termos de acções de voluntariado desenvolvidas nos mais diversos Países. Ficou patente em quem o ouviu um apurado sentido para a vida, um entusiasmo desinteressado que cativou quem o escutou.
Disse a certa altura: é bem mais o que recebo do que o que dou.
Ficou para mim mais claro que não é no dinheiro que reside o motor da felicidade dos homens, como o nosso comportamento sugere.
Acabou de escrever um livro “Trate a vida por tu” e o seu nome é Daniel Sá Nogueira.
Está assim consumado o meu devaneio de hoje.

P.S. Quereria que a mensagem que está implícita neste despretensioso texto não fosse chamada de «moralista» no sentido jocoso com que com frequência é desvirtuado o espírito que dita certas denuncias de índole social e humana,mas o de quem reflecte efectivamente nos caminhos e descaminhos da sociedade.Esta é de resto uma das funções, julgo, deste site.




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