Piérides

Data 26/10/2010 20:43:53 | Tópico: Sonetos

Dái-me o dom de dizer poesia!
O dom de criar e de ser indomável!
O arfar do ar num rito mutável
Dái-me o castelo do verso que brilha!

Dái-me o corcel lunar em tom escarlate
A viraçăo das aves oitivas do mito
Dái-me a lira de oiro no meu olhar de marte
E o elemento fogo me ardendo em conflito!

E só assim, quando minha alma estiver marcada
Pelo rosto, um sorriso em cicatriz
Só assim, serei do verso amputada!

Só assim, como a latinidade de piérides
Render-me ao verso, qual esporăo de giz
Assim, tombada com a espada de Hércules!


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=157502