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...MAS ERA AMOR
Estava lá, sem saber como,
E o piano tocava perturbador...
As folhas libertadas pelo outono
Caiam como histórias sem autor.
Pude assistir à queda do disfarce.
Olhar-te o rosto, desvendar-te a face.
Ousei como uma luz, em ti pousar
Fragilidade doce, ramos de cristal,
E os lábios de cetim a suplicar
Um beijo imaculado e virginal!
Irrompeu-me o corpo num tremor
Que julguei ser ódio... Mas era amor.
Quis chegar a acordo, calar o grito
Desafinando acordes, trauteando espanto,
Tinha em mim um porto, seguro, convicto
Que desmoronou perante o teu encanto.
Queria apenas ler-te do lado de fora ,
Mas entraste em mim e não vais embora!
Os extremos se unem, se beijam, evocam
A tentação envolve sem sequer pedir,
E quando os olhos do amor nos tocam
Sentimo-nos reféns e não queremos fugir.
Tatuamos na pele a história prisioneira
Dum amor tamanho, duma vida inteira.
Regensburg
25-10-2010
Beija-flor
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