AQUELA JANELA BRANQUINHA

Data 28/10/2010 21:43:29 | Tópico: Fados

Naquela rua sombria
Debaixo do candeeiro
Ao frio, passava horas.
Nem a tua sombra eu via
Era no mês de Janeiro
Como de costume chovia.

Na soleira de uma porta
Que me servia de abrigo
Ali passava o meu tempo.
A tua janela estava morta
E nem sequer o postigo
Lhe passou o testamento.

Aquela janela branquinha
Que tanto me fez sofrer
Continuou sempre fechada.
Ficou para mim a janelinha
De o amor de uma mulher
Para mim acabou em nada

Enfim, deixou de chover
O meu coração ficou frio
O nevoeiro o envolveu
Mereceu a pena sofrer
Pois o amor é como um rio
Nasce alto, e acaba por morrer.

A.da fonseca


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=157855