Obscuro sono

Data 31/10/2010 03:27:47 | Tópico: Poemas

Como o dissabor da morte de todo alento
Dispersos,meus sentimentos e sonhos
recordam improváveis desfechos para insustentáveis desejos.
No egoísmo de melancolia tão somente minha.

Sangue e lágrimas não apagam
O virtuoso caminho que leva as chagas e a secreta inconstância
da estrada que arrasta-me para o final
Longe,tão longe de ti.
Todo afecto e mágoa,enquanto não regressas
Gurdam-me no silêncio do outono de encerrada tarde
pela tempestuosa ansiedade incontida,pela marca do proscrito
A boca destroçada,a falsa calma de sua intensa falta
Hostil a toda alegria torna-me uma ferida viva encarcerada em dor
Pronta para discretamente desaparecer em obscuro sono.


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