
CONFISSÕES DE UM POETA-MÚSICO PIMBA
Data 01/11/2010 16:58:11 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Sou um poeta original Entre os poetas ortodoxos A pimba é a forma ideal De consumirem lixo tóxico
Com gana de poemas a granel Crio literatura eterna Assumo-me poeta de pincel Da merda que guardo na cisterna
No lixo das ideias um sol Ilumina os esgotos de mim Caiem do céu moedas de fenol E lá vou enriquecendo assim
A gramática é prostituta Fodo-a e é o que eu quiser à batota ou à batuta O que é preciso é escrever
No infinitivo tudo rima Nunca me poderei enganar Às porcarias escritas chamo De pura poesia popular
A concordância é dizer que sim A gente cremos que tudo tá bem Sei que esta merda não é assim Mas eu sou do dinheiro refém
A mensagem não é importante As pessoas não gostam de pensar Uma música de bater o pé E todos estúpidos vão dançar
Assim pensa o povo, assim diz Das porcarias que eu escrevo Vou enriquecendo, sou feliz Quero que se lixe a cultura
Jorram do cadáver da escrita Notas como uma torneira Estou cagando para o povo Os fãs da minha algibeira
Comprem meus discos, comprem depressa Que preciso de luxo para pensar Para fazer música de merda Ainda é preciso trabalhar
antóniocasado
Dedico a todos os músicos pimba pelo seu glorioso trabalho em prol da cultura social numa manifestação propedêutica e didáctica próprios dos próprios cultuarante... - O que é isto? Bem hajam Emanueles, Quims, Agatas, Rosanas, Dzerts.., e toda a trampa afim! Bem hajam!
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