
Dia de Finados
Data 02/11/2010 11:47:01 | Tópico: Acrósticos
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Dado a morte Inda ser o mote A certeza forte
Destino selado Em vida falado
Fenecer faz parte Inda a vida em arte No início imortal Até o golpe fatal Destino céu estação final Oração de extrema-unção Sonho de todo cristão
Todavia, será a morte O momento de um estado De transição do espírito Ave que se liberta à sorte? Via láctea estrelas cadentes Imortalidade de almas vagantes? A morte não deixa recado...
Ao seu chamado relutamos Suspiro final e embarcamos Sim, estamos sempre viajando Imaginamos mas o destino não sabemos Morte e vida, choro e alegria, enlutamos
O dia de finados, Reza a tradição, ir aos cemitérios Visitar os túmulos dos entes queridos Aos restos mortais entregar as lembranças
Reparem, não há um dia da vida, há? Mas, um dia dos mortos é celebrado Como um ato de contrição, arrependimento Na morada definitiva dos corpos sem vida.
Às vezes, fico pensando Quanto estamos ligados às coisas materiais Que mesmo após a transição de um ente querido Ainda nos prendemos às suas formas físicas.
Quando enfim, evoluiremos Para um sentido menos materialista Da existência, hein humanos? E alcançaremos a rota espiritualista.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 2 de novembro de 2010.
Imagem: Tradicional comemoração do Dia dos Mortos, no México. O cheiro de cravos e incenso copal ajuda as almas retornam para seus entes queridos.
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