Subi ao tecto do mundo E vi-te a escalar nas montanhas Imagens transfiguradas Lembranças desmembradas De um momento que ficámos sós
(Sabes aquele fatídico dia E o instante que o mar levou?)
Por ti faria tudo… Mas como trepar ao céu Riscar o teu nome E baixar a tempo De me encontrar Em todos os nomes Que conheço?
Do buraco da fechadura Já não há nada que eu possa ver A não ser uma réstia de luz E um olhar consagrado Que se mostra ainda no templo
(Foi quando nos despimos um do outro Daquele jeito só nosso…)
Lembras do nosso desejo Que cimentou a luta Que travámos os dois E das marcas registadas Em frentes consolidadas?
(É este agora que te traz a mim E eu continuo só…)
Poema escrito em 2009
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