birô

Data 02/11/2010 17:17:43 | Tópico: Poemas

cortinas nas janelas
lagosta com salsa
água boa e fresca do poço

sua voz movendo-se no jardim
com o vento do dia
a rua segue tranquila
(o caminho na frente)

uma nuvem passa à frente da lua
paira por um instante
como uma mão negra ante a face
(no momento que pegou a caneta)

instante e romance
seu gesto um verso
(esperando a tinta secar)

Horowitz tocando “Emperor concerto”
tranquilo como um dia de domingo
(fechou seus olhos com dois beijos)

num amor que atropela a alma
sem corpo por perto
não conserta as portas
mas da tom as janelas

(dizem que o amor são os ossos da alma)
pintam as bordas da nuca...

Vânia Lopez





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