SONETO DOS AMORES ANTIGOS

Data 04/11/2010 20:26:23 | Tópico: Sonetos


SONETO DOS AMORES ANTIGOS

Amores passados, transplantados lírios...
Pétalas brancas em cílios, ah, tanto me recordo...
Infusão floral em luz noturnal, indeléveis delírios
Fino pano descorado em que me bordo

Noite grafite nem bem se elimina, acordo...
Pairo pelo corredor fulminado em martírio
Sonham-me os lábios, beijos... E me desbordo...
Abraço o claro e acalmo, presenteado d’um colírio

O dia respinga pelo teto, modorrento, lento
Aos regalados desatinos deste remoinho precoce
Tal um coice, amotina as dores que sustento

Dos afetos antigos, ilusão aluada me fosse
Ficou um doce balanço das carroças do tempo
Emoções devastadas qu’inda quero a posse...



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