A morte que veio do Espaço

Data 05/11/2010 18:26:19 | Tópico: Contos

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A morte chegou célere...
Simultaneamente, e em distintos pontos da Terra, vários seres humanos e inúmeros animais, tombaram fulminados pela misteriosa morte que chegou do Espaço sem qualquer aviso.
Todas as vítimas ficaram reduzidas a cinzas em segundos e em alguns casos foram observados ossos de tal forma diminutos, que se ficou com a ideia que os corpos terão encolhido no último sopro de vida.
Não se ouviram gritos, nem se sentiram odores de carne queimada e, para adensar ainda mais o mistério, a todos os falecidos sobreviveram as suas roupas e o seu calçado, como se esse fogo misterioso apenas consumisse a carne.
Todos os Observatórios Espaciais registaram, por fracções de segundo, um aumento de uma energia desconhecida com origem em parte incerta que, tão rápida como surgiu, assim se desvaneceu sem deixar rasto.
Os governantes e a comunidade científica, viram-se na contingência de emitir comunicados para tentar conter a onda alarmista que se seguiu, pois a notícia já chegara à população de todo o planeta.
Apesar de disso, a Humanidade estava à beira da histeria total, numa crise existencial sem precedentes e as expressões “Castigo Divino” e “Fim do Mundo”, ganhavam cada vez mais eco nas gargantas assustadas.
E no entanto...

* * *

Sempre que nos encontramos, fazemos uma grandiosa festa entre todos... Afinal passamos imenso tempo sem nos vermos.
Como sempre, também, alguns abusaram da comida e da bebida e, aqui e ali, cometem-se alguns excessos...
Desta vez foi KKALL que exagerou, e no intervalo de duas piadas de mau gosto, fez a sua brincadeira habitual: Baixou as calças, direccionou o traseiro e gargalhando disse:
“Este vai para o pessoal da Via Láctea”!...
E a flatulência saiu célere!...



08/02/2008, NelSom Brio

NOTA: Por mais absurdo que vos pareça, este conto trata de um assunto real - um dos fenómenos inexplicáveis em que o nosso planeta é fértil.
A conclusão anedótica do final oferece uma explicação tão válida como outra qualquer.

Abilio Henriques


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