Monólogo

Data 06/11/2010 03:47:01 | Tópico: Poemas

Do monólogo nocturno,uma ferida em minha boca,uma flor
Apaga-se no silêncio das decepções,como lírio
Acumula sangue ao canto esquecido dos olhos
Para que a solidão cicatrize o lamento etéreo de paixão.
Afinal,qual devaneio importa e o que foi real ?

Como orfão de todas as virtudes exaltadas
Versos carnais de esperança em decomposição.
O absurdamente ameaçador sonho infantil
De ser correspondido em plenitude.

Mas a vejo com outro e tudo é tão óbvio,doloroso.
A impureza incosnciente de cada ato,o vortice de angustia
E o seio aberto como veneno,pus de vazias palavras.

É a hora do abandono recorrente,somente a tristeza reina
Comprimindo meu sexo e sorvendo esperma inútil
Estéril como a conquista vã,proxima aos teus lábios
No caminho d`outra lágrima.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=159222