Entranço a luz, o leque e o laço
Data 26/08/2007 16:29:11 | Tópico: Poemas -> Amor
| Entranço a luz, o leque e o laço, sob píncaros erectos dos meus seios,
… em laços,
no cetim, nos desembaraços sistinos perpasso o ponto a ponto linho, o grito de nós, em coroas de espinhos… No rubro pó do vento que foge, no enlaço de pontas requebras em discórdia, bebo da agonia, masco em heresia folhas de buganvílias, e nelas, o verbo alado, o fogo-fátuo.
Em veredas de quimera, ligo a tessitura analógica d’enleios, entrelaço a (in)quietude do tempo em espera.
Desnuda e muda, perdida da pedra primitiva da vida, aguardo massajando pés cansados de chuvas bravas, em emplastros de tisanas, chás de tília.
Agora na penumbra, minguadas seivas desavindas cavalgam reveses de fraude e logro aos limites indefinidos do deserto do teu corpo.
Em desacerto, ilumino-me por dentro, no arroubo do silêncio entulhado de sílabas nuas e veias murchas da língua.
Pressentidas, as lágrimas adormecem dormidas no leite retido de cactos.
… em laços.
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