SITIADO

Data 26/08/2007 16:17:01 | Tópico: Sonetos





Durante anos e anos danei-me com a vida,
Fui maldito proscrito nesta terra de ninguém,
Testei-me ao máximo sem ter volta nem ida,
Não me preocupando se viria a ser alguém.

Abri as portas da percepção e por lá fiquei,
Desmistificando o imposto à nossa nascença,
E, de cada vez mais fundo, foi que notei,
Que não era meu ser dos outros a crença.

Assim, caminhando, descobri novas heranças,
Libertei amarras do meu ser mais ortodoxo,
Já convicto de mim doutras e de novas alianças.

Seguro que estava então, por minha assunção,
Formou-se em mim o mais estranho paradoxo,
Como dizer que não a quem me roubou o coração.

Jorge Humberto
24/08/07







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