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Data 11/11/2010 00:19:52 | Tópico: Sonetos

Presa em elos corrediços que afinal rodopiam
Sob o olhar invejoso de um sonho que estagnou
Sem ter horizontes, sonhos quietos que obrigam
Ao encolher de ombros na hora que minguou

A mente está amorfa sem motores que obrigam
A palavra livre a seguir em frente, aferrou
As penas soltas que quase sempre vagueiam
Nos olhos arregalados da mente que declinou

Assim fico eu presa no que não entendo
Num queixume azedo que já cruzou os braços
E fica impávido, quem sabe esperando


Que a letargia se solte de embaraços
Que ao rodopiar os elos se corroam, vão roendo
A preguiça acomodada pela mingua dos arreios


Antónia Ruivo
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