
Ode a Lisboa maçã
Data 11/11/2010 14:32:48 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| Trilhai os passos da loucura Ó Lisboa, bem amada tão garrida e delicada tão cheia de lisura
 És um hino à Formosura E em Chelas ensanguentada Em Alfama afamada No Terreiro enclausurada Vejo-te no Fado a ternura
No Tejo vejo a canoa do Martinho da Arcada Leio os versos de Pessoa
numa rima opiada Ergue-te literata Lisboa És Poetisa Iniciada
Das Letras, és deputada Sou Eu quem te afeiçoa A ti e à Madragoa Lisboa imaculada sob a manta enublada do terror de quem te atordoa
na Rotunda és a Leoa do vilão és a viloa de Portugal és a República! És a Varoa Pois sou eu singrada Lisboa E não me permitais escrever à-toa Que no teu dorso, na tua proa Magnanimamente te coroa
Ó Lisboa bem amada Da Joana afamada De Bocage e de Pessoa De Camões que se fez para Goa Da Florbela enamorada
Apresentai-te imaculada Para que de mim sejais lexicalmente desflorada
Ó Lisboa! Gaja boa! Bem afamada E bem amada!
Onde te estabelecem tratados Atlânticos e Europeus que não serão respeitados nem por patrícios, nem por plebeus
Perdoai-me a ofensa Lisboa escaldante e voluptuosa dama de honor mais formosa aceitai a minha coroa
Pois seu eu quem te enobrece Pois seu eu quem te abençoa Sou eu quem te afeiçoa Sou eu quem te atordoa Sou eu quem te doa A magnânima coroa
Ó varina boa! Lisboa! ___
Aónio Eliphis
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