
Cheiro
Data 12/11/2010 15:42:11 | Tópico: Poemas
| Retorcia os lábios antes de rir ou de falar uma frase engraçada. Era seu jeito peculiar e eu observava pronto para flexar-lhe na boca-flor Sua boca infantilizava-se quase sempre e eu amava Não podia ser diferente, saíra da infância a pouco. E no entanto me deixava idiota a apaixonar-me Quase a ponto de me envolver, me comprometer.
Uns olhos grandes e pretos Um corpo aflorando As mãos grandes Os pés perfeitos
Minhas narinas experimentaram da cabeça aos pés inocência E depois bebi o que lhe escorria doce pela pele trêmula. Me ligou alguns dias depois, mas eu já estava frio demais.
Raule de Sousa Iguatu/Ceará/Brasil Direitos Autorais Reservados Lei N° 9.610 de 19/02/1998
|
|