Contagem crescente Na sequência do espaço Uma soma ao quadrado De resultado indiferente Serpenteando por dentro Na chuva quente de um sonho Pelos domínios da mente Fechas os olhos Para os abrires de repente Procurando ver Essa entidade maior Que em ti existe E talvez conheças de cor Uma vez consciente De um universo ampliado Supostamente perfeito Impulsionado por vida Porque o tempo não chega Para dar lugar ao sujeito No comprimento da fita Experiencia perdida Pecas por defeito Ao descobrir a saída Numa porta fechada Ou no caminho mais longo Por não chegares à estrada Em permanente rescaldo De fundamento e origem Gota que se expande Te transporta para longe Alimentando a vertigem Mergulhas no líquido espesso Transparente Ouvindo o som grave dos tambores Por um momento Brilhando no escuro Para que te transformes Do outro lado do muro