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 Às margens do Rio Paraguai IIIData 16/11/2010 17:35:58 | Tópico: Poemas -> Fantasia
 
 |  | Era uma noite atípica para a região Um vento suave e frio
 Balançavam as folhas das árvores na baia
 E os cabelos das meninas no cais.
 Casais se aconchegavam
 Crianças corriam pela praça
 Enquanto outros ouviam música no calçadão.
 Sonhos de pessoas a passear na noite
 Estampados nos rostos singelos de vidas.
 Às margens do Rio Paraguai
 Vi crianças brincarem ao som da lata
 Como se o mundo as pertencessem.
 Jovens de mãos dadas e juras de amor nos olhares.
 A brisa suave que vinha da natureza
 Refrescava a alma de um jovem poeta
 Que observa as pessoas caminharem.
 Seu pensamento o leva há tempos imemoriais
 Quantos casais se conheceram nessa praça?
 As águas do Rio Paraguai descem silenciosas
 São as lágrimas de princesas aladas
 Que choram amores perdidos na longa noite da História.
 Não vi estrelas nessa noite
 Elas estão encobertas pelas nuvens
 E a brisa suave chega a arrepiar o corpo.
 Busco contemplar minha imagem nas águas
 Tal qual Narciso de outrora
 Mas não me vejo tão imortal assim.
 Imagino uma canção que expresse o sentimento
 De apreciar a beleza desse lugar.
 Quantas almas já estiveram nesse espaço
 Imaginando um futuro para suas vidas?
 A eternidade é vista no reflexo das águas
 Enquanto a noite se vai.
 Às margens do Rio Paraguai
 Sinto a brisa suave dessa noite
 Diferente das noites de calor
 Ela tem um brilho especial e singelo.
 Estamos aqui porque amamos esse chão
 E essa é a canção de hoje...
 
 
 Odair José
 Poeta e Escritor Cacerense.
 
 http://odairpoetacacerense.blogspot.com
 
 
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