AINDA COMENTANDO J SILVEIRA

Data 17/11/2010 10:19:28 | Tópico: Poemas


AINDA COMENTANDO J SILVEIRA


No primeiro comentário que fiz sobre a interpretação
do poeta, declarei que ele possuía algo mais que transcendia a própria poesia.
Hoje, após, a segunda declamação, posso esclarecer melhor:
No “Não Chovia e nem Ventava” ele imprime ao primeiro verso: “A noite era negra como o breu”, um tom sombrio.
Já no segundo – “Não havia lua e nem estrelas” ele o lê com ternura.

Na declamação do “Mesmo que não haja madrugada” declama o primeiro verso, que é, apenas; uma palavra: POETA, numa tonalidade avançando para agudo, mas de tal
forma a acordar o poeta sem sobressalto. No segundo verso-“Abra os olhos e veja a tarde indo embora” ele derrama ternura...
Em ambos os casos é admirável o modo pelo qual liga um verso com o outro, uma palavra com a outra e até uma sílaba com a outra, sem magoar as letras...É admirável, também, os silêncios feitos, lembrando os silêncios de Beethoven em suas sinfonias.
Às vezes ele parece interpretar com a solidão e a tristeza do
canto sábia no meio da noite. Noutras lembra alegria do benyivi anunciando o amanhecer...
Tudo o que eu disse aqui torno extensivo à poeta portuguesa
Ivóny Ferreira e fico torcendo para que eles continuem ativos para na se transformarem numa pérola perdida no fundo do mar
- O desperdício de uma preciosidade...




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