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    	Data 20/11/2010 23:45:16 | Tópico: Sonetos
 
  |          I- Negro!                      
  Oh! Negro, raça tão forte e imponente, Despreza a língua vil, essa chibata, Bem como o olhar da face tão ingrata, Do preconceito açoite indiferente.
  A tua raça, tem a força nata, É lutadora, e sempre foi valente, Não como essa ignorada e fraca gente, Que o sangue de “Fünrer” os arrebata.     Ontem: aços, grilhões, e a dor imensa, Hoje: a mácula impura da aversão, Em gestos de racismos e de ofensa.
  Vós que ostentais tão dura condição, Atentai-vos para a grande sentença: -Somos de um só Deus, mesma criação-.
       
           II- GINGA.
  Ao som de berimbau e de atabaque, Na imensa e dura roda dessa vida, Brilha a sombra da Raça destemida, E um traquejo de ginga põe destaque.
  E de cada mandinga sai um baque, Como um impulso de força desferida, Num lampejar de graça reluzida, Num rabo-de-arraia, mortal, ataque. 
  -“Paranauê, Paranauê, Paraná”-; Canta a tribo de Zulu e yorubá, Viva a capoeira regional, ou de Angola.
  Mostrai ó negro, o golpe que degola, De Zumbi, a destreza que não falha, O aço tão forte a fúria da navalha.
      E.A.S.  ED SILVA   SP – 20-11-2010
 
        
 
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