
AOS OLHOS DO POEMA
Data 26/11/2010 14:56:07 | Tópico: Poemas -> Saudade
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AOS OLHOS DO POEMA
Ah...se eu fosse pequenina No cabelo punha um laço! E neste verso, bem traquina, Daria à saudade um abraço. Criança tem infinita graça! Ora sorri ora chora... Quer lá saber da desgraça!? Se tem beijo e carinho na hora.
Tráz o sonho todo inteirinho De ser grande algum dia!? Mal sabe que está tão pertinho Que o tempo passa rápido e angustia.
Ah...se eu fosse pequenina Tal como as nuvens seria inquieta Até me imagino ladina Borrando o céu de azul, com pincel de poeta. Nas estrelas um poema de saudade Com alicerces de esperança E com ternura e simplicidade Oferecia ao Sol meu bibe de criança.
Queria andar de pé descalço p'lo chão Prender-me ao salgueiro, atirar-me à agua Ah...este meu delírio é como cordão umbilical, que me prende ao passado com mágoa.
Este poema não tem pés nem cabeça Nem a minha vontade suspeita de nada Fi-lo em segredo, à poesia fiz promessa! De ser menina, aos seus olhos dada. Neste poema deixo a ternura que me sobra Palavras de formosura deixo estremecidamente Palavras simples com que ergo minha obra E abraço cada palavra comovidamente.
rosafogo
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