Ao acordar

Data 26/11/2010 21:39:52 | Tópico: Poemas


Pesa-me na consciência

a ausência de tudo e de nada.

O roçagar dos corpos sôfregos,

molhados, ritmados,

inunda-me os sentidos,

em marés descontínuas.

Eis um ser já há muito adormecido

que lambe as feridas

em escaras da concha rugosa

gasta, puída, burilada

pelas areias do deserto e

retorna ao rude caminho.


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