CARÊNCIA

Data 02/10/2006 21:00:58 | Tópico: Poemas -> Amor

Tomo como empréstimo sua astúcia
Para sondar meu coração.
O instrumento áspero vasculha, sem roteiro,
Minha personalidade insensível.
Não descubro nada!
Minúsculo é o apelo influente que me ampara.
Sou mulher que não ocasiona coisa alguma.
Meus lábios tradicionais, objetivos,
Não convidam a nada.
A satisfação física
É a tradução da minha pior vontade.
Meus gestos simples, automáticos,
Habituaram-se ao desalento.
Não descubro nada.
Minha inclinação patética
É um organdi mal passado...
Circulo só, por corredores de amigos seus.
Sem sua mão na minha
Eu sou o medo...


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