O homem e a rapariga

Data 30/11/2010 14:32:24 | Tópico: Textos -> Amor

Depois de muitas noites de encontros corporais.
Ainda envoltos nos lençóis suados.
Ela, a querer saber o chão onde pisa pergunta em tom de medo disfarçado:
- O que eu sou para ti?
Olhando para o tecto do quarto, ele passa-lhe o braço pelo corpo.
- És com quem eu pratico o verbo amar.
O rosto da rapariga ganha as expressões de quem não entende.
- O que queres dizer com isso?
- Não fui claro?
Com a surpresa do que passou-lhe pela cabeça, ela sente-se ligeiramente desconfortável distanciando seu corpo.
- Amas-me?
Ele, senta-se na cama, olha-lhe directamente nos olhos e diz.
- Talvez, não sei, quem ama muitas vezes não sabe que ama e não sei o que é amar para ti, para mim, Amo-te sempre que pratico o verbo Amar contigo, mas sei que não estas preparada para ouvir e escutar Amo-te, por isso sempre que apetece-me dizer Amo-te, digo Amo-te das mil e uma formas que conheço, mas somente quando tu sentires que Amo-te, mesmo que eu não diga, é que poderei dizer-te olhos nos olhos, como estamos agora, Amo-te.

Não partilho da opnião daqueles que pensam que o autor é dissocíavel do personagem e situação por ele criados, mesmo não tendo vivido realmente esta situação a vivi sentimentalmente e desejei partilhar, se vivi sentimentalmente, senti, se senti é real mesmo sendo obra imaginária.



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