PÁLIDA FADA

Data 30/11/2010 16:57:21 | Tópico: Poemas


PÁLIDA FADA

De pele muito branca
Alva, alva como aquelas santas
Cobertas em seu manto de cristal
(Mas era gente de carne e ancas...)

Tinha uma diversidade interna
Que não se mais vê
Em nada, em ninguém...

E era essa intensidade
Do colorido de sua expressão
Que transbordava em suas palavras
E destoava de sua tez...

Não era o teor da mensagem,
Nem o abusivo uso da calma.
Era algo além do que frases enunciadas
Eu a sentia tal uma imensa praga
A consumir-me em gafanhotos...

E, sem querer, assentia
Sem me abrir, me apertava
E sem me perder
Pelas falas dela, imiscuia-me
Dentro de cada cor desprendida
Dos lábios da pálida fada
Que retingia numa nova aquarela
A previsível paleta minha



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