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    	Data 30/11/2010 23:50:30 | Tópico: Poemas
 
  |   MEMÓRIAS DE UMA DEUSA
  Sentia-me afoita naquela manhã Um calor percorria meus espartilhos Uma comichão invadia os amarrilhos Vestes difíceis de retirar e que afã... Pensares obscenos valha-me Iansã! Donzela, permaneço e estremeço... Mas tudo há de ter um bom começo Deixo as mesuras nas gavetas   Alço um voo a imitar borboleta. Pouso silencioso no teu corpo possesso
  De prazeres enfeito minha face A beleza do rubor em meus lábios Encanto de Oxum deusa dos rios Provocando a lua e no entrelace Meus olhos virginais em trespasse Migram num horizonte infindável Tua boca deslizando insaciável Entre seios vertiam cachoeiras Correndo pelo ventre, ligeiras Virgindade palavra memorável!
 
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