Ciúmes

Data 04/12/2010 11:22:50 | Tópico: Poemas

Ciúme do lado na porta entreaberta
Espreita a janela cerrada de ruídos
As vestem sem sentido flutuam entre as pernas
O chão coberto de gemas e trejeitos de espera
Ceder aos encantos do pássaro alado
Voar entre as plumagens abertas ao descaso
Já nem existia a luz e no entanto perdura o quadro
Acende logo a lareira do frio que queima a boca do mato
Adentre firme, rijo, sereno, o lago do amor calado aclama
A vida persiste e enfim negue os desejos empossados
O ciúme é queda livre e deságua sem dó alagando os lares.


Diana Balis, Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2010.




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