
carvão
Data 04/12/2010 17:01:52 | Tópico: Poemas
| de choro embotado em lágrima feito ferida estancada em sangue ardem os olhos em brasa impedindo que eu os arranque
veio súbita como a morte a chama fez do corpo um abrigo não quero que ninguém se importe só a sombra queimará comigo
quero uma cerveja gelada mas não tem ninguém pra servir há cura melhor que a ressaca para um mal que só se pode sentir?
nada sai ileso da espada e dos braços desse anjo sereno que veio restam apenas os pedaços de um amor quebrado ao meio
desilusão é tijolo duro o ego cimenta a angústia ergo em mim mesmo um muro recalcado de lamúria
o corpo é o carvão da alma que o consome em gozo nas piras de luxúria, paixão e do nada o coração se afoga nas cinzas
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