quando você morreu, eu morri. chovia. esperei e esperei. chorei deitada em cima de ti, no gramado cheio de paz. chorei até eu não saber o que era o presente e o que era passado.
o outono estava começando. se lembra da estrela que você desenhou no meu seio? se lembra da magia que nunca nos abandonou? tantas coisas não tivemos tempo de dizer.
um dia, talvez. eu e você outra vez, outra vez.
se lembra da música? dessa nossa música? o futuro nunca existiu. o futuro enterramos juntos e separados. o futuro ficou nos planos,nos sonhos, nas palavras, nas fotografias, na poesia do seu verde olhar.
e eu, e eu nunca te deixei lá naquele gramado. e eu, eu nunca deixei de te amar.