Via de regra
Data 05/12/2010 21:08:19 | Tópico: Poemas
| Na palha da cana vejo as mãos do lavrador Carcomidas pelo esforço inaudito de ganhar o pão, Trabalha que trabalha para aumentar sua produção A fim de ter um mínimo suficiente com seu labor.
Debaixo de um sol causticante e sem intervalo Golpeia à direita e à esquerda de cada ponto, O suor é a magia desse hediondo confronto Que o rosto estampa sereno e cansado.
Após alguns anos de uma faina alucinante O corpo exausto decreta concordata, É o desfecho melancólico de uma luta ingrata E o retiro justo de repouso a cada instante.
O universo canta louvores ao homem do campo Numa homenagem surda às mãos que calejaram tanto!
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