Augusto do Anjos, eu te amo!
Data 12/12/2010 16:48:04 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| Desfigura-me a face água pestilenta Lágrima pútrida que corre vil e lenta Nas páginas negras do meu póstumo viver Violam enquanto rolam alheias sem perceber
E na pobreza, aflita frieza, vil e afetiva Á busca da beleza vulgar, convidativa Movem-se as pernas, andam sem saber Da verga que invade imponente a romper.
Carnes, vasos, tendões nervos às mãos Rasgos por lassos corpos devassos e vãos Orifícios alheios, conselheiros do velho ofício
Corpos proficentes em devassidão e vício Recheados de licores célebres, venéreos de inícios pustulentos e fim funéreos.
Este foi parido imediatamente após ler Augusto dos Anjos.
|
|