SONETO DA TOTAL INDIFERENÇA

Data 14/12/2010 11:21:15 | Tópico: Poemas

despida/disposta a morte gargalha
e bate na porta do pesadelo
e brilha cego o fio da navalha
minha loucura cultivo com zelo

com calma costuro minha mortalha
à vida não faço nenhum apelo
e assim não sendo que deus não me valha
caminho só não preciso de tê-lo

se nada me assusta nada me assombra
conto os meus dias na ponta dos dedos
a golpes de pau matei minha sombra

e foi que enterrei todos os meus medos
venha temporal meu barco não tomba
à merda se faço versos azedos

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júlio


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