O SEGREDO DA OSTRA!

Data 14/12/2010 13:58:18 | Tópico: Textos

Fechada em concha no mundo de si,
Semeia côncava solidão em solidar
Quando penetrada por um grão de impureza
Não lamenta sua sorte, a ela, resigna-se

Fechada em concha no mundo de si
Não há solidão lúgubre...
Nem medo, nem tristeza, nem fuga
Não há submissão ao grão de impureza que lhe fere

Fechada em concha no mundo de si,
Em sua potencial sumidade adormecida
Do manto que lhe brota o invólucro calcário
Quando ferida, sangra madrepérola.

Fechada em concha no mundo de si
Quando incisa em sua sensibilidade, protege-se
A manar de seu manto construtor, alquimia
O transformar de sua natural substancia jóia, Perola!

Lufague


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